O pequeno Enzo Gabriel completou 3 anos no último mês de janeiro. Em julho do ano passado a criança foi diagnosticada com o transtorno do espectro autista (TEA). A partir daí começa uma luta da mãe de Enzo, Rizenda Oliveira, em busca de tratamento para o filho.
Após mais de 9 meses do diagnóstico, Enzo nunca fez nenhum tipo de terapia. Os locais onde Rizenda procurou apoio a resposta foi a mesma: não tem vaga.
A mãe conta que sofre ao ver o filho cada vez pior. Conta que Enzo tem ficado mais agressivo exatamente pela falta de tratamento.
“Eu volto para casa muito triste, a gente que é mãe sabe como tá o nosso filho. Ele tá ficando violento, eu não sei mais oque fazer. Meu filho começou a falar bem mas eu acho que por falta das terapias ele tá piorando aí ele fala, a gente não entende, ele se irrita e chora muito meu filho, é de doer o coração”, diz a mãe emocionada.
Entre os atendimentos que Enzo precisa estão fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. Nossa reportagem procurou o Centro Especializado de Reabilitação (CER), onde a mãe de Enzo já foi atrás de atendimento e não conseguiu.
Sóron Angélica Steiner, Gerente de assistência à saúde do CER é sincera. A unidade não consegue atender toda a demanda. “Para modalidade de atendimento intelectual que é o caso que essa criança se encaixa nós somos a única referência estadual. De fato, existe uma sobrecarga, uma lista de espera bastante considerável”, afirma Sóron.
Um problema que agrava ainda mais a lista de espera é que esse tipo de paciente dificilmente tem alta, ou seja, são pacientes que precisam desse acompanhamento a vida inteira. “São situações em que há tratamento, mas não há cura. São inúmeros diagnósticos sendo emitidos todos os dias e a estrutura de saúde não acompanha porque a demanda é muito alta”, afirma.
Apesar da fila de espera, o pequeno Enzo vai ser avaliado nos próximos dias pela equipe multidisciplinar do CER.