Ao contrário do que as autoridades locais estavam esperando para o momento pós-pandemia, a capital do Acre não vive alto fluxo migratório e tem recebido poucos imigrantes após a abertura de passagem na fronteira do Brasil com o Peru pelo município de Assis Brasil. A informação foi relatada pela prefeitura da capital acreana ao revelar que neste período de folga migratória, está preparando um local específico para passar a receber os futuros imigrantes.
Ainda assim, a cidade segue recebendo algumas pessoas de outros países, porém, em volume menor. Pensando no acolhimento dessas pessoas, a prefeitura de Rio Branco, o governo do Acre e o Ministério Público do Estado deverão debater melhorias em relação à assistência desses estrangeiros.
De acordo com o prefeito Tião Bocalom, o município está preparando uma chácara para receber os imigrantes. Segundo ele, a capital já recebeu recursos do governo federal, mas que o estado também irá participar. “É uma despesa que deve ser dividida entre governo federal, estadual e municipal. Para isso já ficou definida uma reunião para a próxima semana para que se defina o que é responsabilidade do estado e do município e daremos sequência a esse atendimento humanitário”.
Fabrício Silva, coordenador do Núcleo de apoio psicossocial do MP/AC, relatou ao portal da prefeitura que a imigração tem sido bastante rotativa. “Achávamos que haveria um grande número de pessoas e viria após a pandemia, principalmente do público que estava no Peru, e não foi isso que aconteceu. Então nós temos uma certa condição de trabalho e de organização do serviço, sem estarmos numa crise humanitária em decorrência da imigração”.