Os voos realizados em aeronaves pequenas para a região do Vale do Juruá estão sendo motivo de preocupação e medo por parte de quem necessita enfrentar viagens a bordo dos conhecidos “teco-tecos”.
O ac24horas recebeu o relato de uma passageira que, alegando motivos de trabalho, pediu para ter a sua identidade preservada. Ela conta ter passado por uma situação de “verdadeiro terrorismo psicológico”.
“No último voo realizado, o piloto passou 45 minutos de tensão. Porque mesmo com 7 passageiros, a maioria era de grande porte. Juntando a isso as bagagens dos passageiros. O tempo todo o piloto falava que o avião não ia aguentar. Pelo vento e peso acima do permitido”, contou.
De acordo com o relato, as aeronaves não possuem estrutura nenhuma de voo, com bancos soltos e cintos improvisados com corda. A passageira ainda acrescentou a falta de fiscalização no aeroporto de Cruzeiro do Sul.
“No aeroporto não existe fiscalização alguma com relação ao peso dos passageiros e bagagens. Também não existe nenhum representante ou fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC”, afirmou.
Relatos de outros passageiros que também os trajetos para Porto Wálter e Marechal Thaumaturgo com frequência dão conta de que, em alguns momentos, o piloto aparenta estar sob efeito de bebida alcoólica.
A reportagem tentou manter contato telefônico com a única empresa de Táxi Aéreo que opera na região, segundo as mesmas fontes, mas as chamadas não foram atendidas.
Informações posteriormente indicam que há outras empresas operando na região.
O ac24horas se coloca à disposição das partes citadas na matéria para que possam se manifestar a respeito dos fatos narrados pelos passageiros.