Horas depois de ser expulsa do Partido dos Trabalhadores sob acusação de infidelidade partidária, a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, conseguiu virar um jogo que estava quase perdido na disputa pela Mesa Diretora da Câmara, cuja eleição aconteceu na manhã desta terça-feira (13).
Depois de ver contra si a Chapa 1, denominada “Aliança por Brasiléia”, em tese apoiada por 6 dos 11 vereadores e encabeçada pelo vereador Reinaldo Gadelha (MDB), o grupo que se manteve ao lado da prefeita na Câmara conseguiu a vitória com a mudança de posição de última hora do vereador Rogério Pontes, do PROS.
A votação que deu vitória à Chapa 2, “Câmara pelo Povo”, também encabeçada por um emedebista, Marquinhos Tibúrcio, foi muito tumultuada e segundo as informações apuradas a polícia precisou ser acionada para conter os ânimos na casa legislativa.
Com o resultado da eleição, a nova composição da Câmara Municipal de Brasiléia ficou assim:
PRESIDENTE – Marcos Tibúrcio (MDB)
VICE- PRESIDENTE – Arlete Amaral (PP)
1° SECRETÁRIO – Lessandro Jorge (PT)
2° SECRETÁRIO – Elenilson Cruz (PT)
Vale lembrar que os dois vereadores petistas que compõem a chapa vencedora poderão deixar o partido ainda neste mês.
Na decisão da sigla de expulsar a prefeita Fernanda Hassem, por não ter apresentado a sua defesa, a direção estadual do PT acatou o pedido dos vereadores Lessandro Lopes e Elenilson Cruz para que o prazo para a apresentação de defesa e arrolamento de testemunhas fosse estendido.
Assim, uma reunião ficou marcada para o próximo dia 22 de dezembro, quando ocorrerá o julgamento dos processos disciplinares de ambos os filiados.
Um outro ponto a ser destacado nos últimos momentos da atual legislatura da Câmara de Brasiléia é a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) prevista para o próximo dia 15.
Sujeita a ter a margem para remanejamento de recursos do orçamento reduzida para apenas 1%, com era a intenção da chapa derrotada para a Mesa Diretora, com a surpreendente vitória desta terça-feira, tudo indica que Fernanda Hassem terá 20%, que é a proposta da base que lhe apoia e que venceu a disputa pela direção da Câmara.