Jairo Barbosa – jairobarbosa@ac24horas.com
Na manhã desta segunda-feira (14), o Sindicato dos Engenheiros protocolou no Tribunal de Justiça, mandado de segurança contra as ações do governo do Acre que iniciou o corte do ponto dos profissionais que aderiram ao movimento grevista que entra na quarta semana.
No documento, o Sindicato responsabiliza o governador do Acre, Sebastião Viana (PT), e os secretários Flora Valadares e Sebastião Lima, das pastas da Gestão e Meio Ambiente, respectivamente, pelas ameaças a demissão de profissionais em estado probatório, corte de ponto e como ultima medida, proibir os representantes do comando de greve de conversar com os colegas em seus respectivos locais de trabalho.
Tião Fonseca, presidente do SENGE ( Sindicato dos Engenheiros), disse que na última quinta feira, João de Deus, membro do comando de greve foi impedido de entrar no prédio do IMAC onde iria repassar informes sobre o movimento. Ele contou que a medida foi uma determinação do secretário Sebastião Lima, seguindo ordem do governo do estado.
“Está acontecendo um mutirão de ações contra nosso movimento, mas não vamos recuar. Temos a justiça para analisar esses casos e não temos medo porque nosso movimento é legal”, disse ele.
Ainda de acordo com Fonseca o corte do ponto só pode ser adotado pelo governo, quando a justiça trabalhista considera ilegal o movimento grevista, o que ainda não ocorreu.
A decisão de protocolar o mandado de segurança foi informada a classe durante assembléia geral realizada nesta manha, no auditório da Delegacia da Agricultura, na rodovia Ac 40. Engenheiros, arquitetos, veterinários, geógrafos, tecnólogos e outros profissionais da área reivindicam a equiparação salarial baseada na Lei Cartaxo, que eleva o salários dos atuais R$ 3.700 para R$ 5.200, aproximadamente.
O Sindicato informou ainda que dos atuais quinhentos profissionais, cerca de trezentos aderiram o movimento, mantendo-se os 30% exigidos pela lei.