O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou nesta segunda-feira a prorrogação de dois dos inquéritos que tramitam no tribunal relativos à Lava Jato. São os casos do governador do Acre, Sebastião Viana (PT), e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, investigado no mesmo inquérito que o ex-governador do Estado, Sérgio Cabral, ambos do PMDB, e que o ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral, Régis Fichtner. No STJ, o prazo foi ampliado por 60 dias.
As investigações tiveram início em março, após a chegada dos pedidos de abertura de inquérito nos dois tribunais. Neste período, investigadores colheram depoimentos e realizaram diligências – como quebra de sigilo bancário e telefônico e buscas – para recolher indícios que indiquem o envolvimento dos políticos no esquema de corrupção da Petrobras, a partir das delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Já no Supremo Tribunal Federal (STF), também nesta segunda-feira, o ministro Teori Zavascki autorizou a prorrogação das investigações envolvendo políticos (neste caso senadores e deputados federais) supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras até o final de agosto. O prazo, que já havia sido estendido uma vez, se esgotava nesta segunda. Após pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República para ter mais tempo de investigação, Zavascki autorizou que sejam feitas diligências até o dia 31 de agosto na maior parte dos casos.