Jairo Barbosa,
jbjurua@gmail.com
No dia 23 de abril, o governo do estado organizou uma grande festa para entregar a indústria de embutidos de peixes, obra construída por meio de um convenio com a prefeitura de Bujari, que custou R$ 600 mil reais. A indústria foi instalada numa área no município de Bujari (distante 25 km de Rio Branco), e depois de inaugurada, repassada á Cooperativa de Produtores e Criadores Rurais – Coe peixe Bujari.
Naquela ocasião, o governador do estado, Sebastião Viana (PT), disse que a inauguração da indústria representava uma forma integrada em toda a cadeia produtiva, com ações que passam pelo fortalecimento da produção primária, implantação de estruturas agroindustriais locais e de grande porte em Rio Branco e Cruzeiro do Sul composta por centros de alevinagens, fábrica de ração e frigoríficos.
A indústria tem capacidade instalada de 30 toneladas/mês, com uma capacidade inicial de 13,5 toneladas/mês, mas todo esse potencial de produção, não saiu do papel. Hoje a indústria está fechada, com uma pequena quantidade peixe armazenada e sem perspectivas de voltar a funcionar em sua totalidade.
Na manha desta terça feira, a reportagem do AC24horas esteve na indústria, e constatou que a beleza externa da obra, contrasta com as instalações internas. Na entrada principal, a porta estava fechada; lá dentro, pedaços de madeira e caixas de papelão estão jogados no chão. Na lateral que dá acesso ao escritório, mais lixo. Na parte de trás da indústria, outro amontoado de lixo chama a atenção,. Na porta de acesso ao setor de armazenamento do pescado, uma porta de um dos frigoríficos foi jogada na calçada, realçando ainda mais os sinais de abandono.
O Secretário de Produção do Estado, Lourival Marques, negou que a indústria esteja fechada e disse que houve apenas uma redução na produção, por causa de um problema na assinatura do contrato para venda da produção.
“A cooperativa está aguardando a assinatura do contrato com a Secretaria de Educação para fazer a entrega do pescado que está armazenado lá. A fábrica é meio que artesanal e eles precisam produzir e entregar, para não perder o produto, mas não está fechada não”, garantiu o Secretário.
A reportagem ainda tentou falar com o presidente da Copeixe, conhecido por Antonio, mas os dois telefones de contato informados por uma funcionária da fábrica, estavam desligados.