Os presidentes de federações estaduais de futebol , do Ceará, Piauí e Acre, passaram por momentos de pânico ao deixarem o prédio da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio, e serem abordados por assaltantes que conduziam três motocicletas, a menos de um quilômetro da sede da entidade. Sob a mira de pistolas, eles entregaram celular, dinheiro, aliança, cartões de crédito e relógio. O crime ocorreu na sexta-feira, 21, mas não foi divulgado. Os dirigentes não registraram a ocorrência.
Eles tinham acabado de assistir às aulas do curso de gestão de futebol na CBF. Estavam acompanhados do vice-presidente da federação do Amapá, Paulo Roberto Rodrigues, e seguiam para o Hotel Hilton, na Barra, num carro de um funcionário da CBF.
“Os caras atravessaram as motos na pista, na frente do carro, e desceram armados. Deram tiros para o chão a fim de nos intimidar. Bateram no nosso vidro e então fomos dando tudo que pediam, sem esboçar reação. Eles gritavam e nos ameaçavam. E foram roubando os passageiros dos veículos que paravam atrás de nós”, contou Antônio Aquino, presidente da federação acreana de futebol.
Mauro Carmelio, do Ceará, e Cesarino Sousa, do Piauí, tentaram acalmar os criminosos. Foi uma ação rápida. “Tomamos um choque e resolvemos seguir para o hotel. Todos ficamos com medo de morrer. Os ladrões estavam muito nervosos, tentaram abrir as portas do carro à força. Naquela noite, nenhum de nós conseguiu dormir direito. Todo mundo acordou de madrugada, ainda como reflexo do susto”, disse Aquino.