Agentes de Endemias, homens do Exército, Bombeiros e Desbravadores passaram toda essa sexta-feira, 4, dando orientações aos moradores do bairro Jorge Lavocat sobre as formas de combate a presença do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya e, em caso de necessidade, aplicando o larvicida. É o oitavo mutirão liderado pela secretaria de Saúde de Rio Branco (SEMSA) e fecha o ciclo da Regional Tancredo Neves, que fica na parte alta da cidade.
O prefeito de Rio Branco, em exercício, Márcio Batista, acompanhou as equipes e agradeceu o apoio das instituições “que fortalecem nossas ações e fazem com que os moradores percebam a necessidade de fazer sua parte no combate a esse mosquito”, destacou Batista.
A secretaria de Saúde já fez o controle vetorial em 135 mil imóveis da capital e ainda tem outros 33 mil para a conclusão dessa etapa. A secretária Adjunta de Saúde, Jesuíta Arruda, destaca que até o início de abril, a secretaria vai realizar novo Levantamento Rápido para o Aedes (LIRAa), que vai definir os bairros prioritários para a execução do novo ciclo de combate ao mosquito.
Caixas d’água de amianto são as que possuem maior risco
Os agentes vistoriam terrenos em busca de recipiente e objetos que possam acumular água e dão atenção especial as caixas d’água, onde estão 70 por cento dos focos do Aedes aegyphti em Rio Branco. O Agente de Endemias Francisco Albino, conta que as caixas d’água antigas, as de amianto, ainda muito utilizadas na cidade, são mais preocupantes “porque acumulam nas bordas, uma sujeira que serve de alimento para o mosquito”.
A aplicação do larvicida é feita e caixas d’água e outros recipientes quando são encontrados larvas e ovos do mosquito. Albino explica que em fase de pupa, o mosquito não ingere o veneno. O larvicida é aplicado de acordo com o tamanho de cada recipiente. Caixas d’águas e tanques, também comuns na capital, são medidos e o tamanho determina a dosagem: Em caixas de 500 litros, por exemplo, a aplicação é de apenas um grama do larvicida, que age durante dois meses.
A dona de casa Maria Jesonita conta que faz questão de receber as Agentes de Endemias para ter a certeza de que o quintal segue os padrões adequados de higiene de modo a evitar a presença do mosquito. “Eu ofereço até cafezinho e água gelada”, comenta aposentada.
Instituições parceiras
Além dos Bombeiros, militares e civis, homens do Exército e Desbravadores compõe o batalhão liderado pela secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (SEMSA), a cada sexta-feira nos mutirões de combate ao Aedes. Nesta sexta-feira, 4, sete Desbravadores ligados à Igreja Adventista do Sétimo Dia do Jorge Lavocat, participaram do movimento. O líder do grupo, Pablo Henrique, diz que todos se sentem úteis ao atuar no combate as doenças que podem afetar a sociedade como um todo.
O prefeito em exercício, Márcio Batista, diz que outras instituições como a Câmara Municipal e a Ordem dos Advogados do Brasil também se engajaram nas ações de combate ao Aedes aegyphti. “Esse deve ser um momento de grande união entre as instituições e a sociedade”, concluiu Batista.