Os lixões nos municípios do Acre são hoje um dos grandes problemas enfrentados pelos atuais prefeitos. Municípios como Brasileia e Tarauacá, por exemplo, foram expostos na imprensa acreana, a poucos meses, por misturarem lixo hospitalar e carcaça de animais com lixo doméstico.
Em Assis Brasil, já não bastando o sucateamento do maquinário e de quase todas as secretarias da prefeitura, o prefeito Humberto Filho, o Doutor Betinho, ainda teve que, em poucos meses, fazer o aterro de toneladas de lixos herdadas da administração passada.
As fotos registradas pela Agência ContilNet, há cerca de dois meses, mostram como Betinho e seu vice, Zé do Posto, encontraram o local onde a prefeitura, na gestão da petista Eliane Gadelha, depositava até resto de animais.
Preocupado com a determinação do Ministério do Meio Ambiente, de que a partir de 2014 os lixões a céu aberto serão proibidos nos municípios brasileiros, Betinho já se movimenta em busca de recursos para a construção de um aterro sanitário.
Ele diz que o governador Tião Viana garantiu que vai ajudar sua administração. “O governo estadual está me ajudando com o maquinário, e garantiu apoio a outros investimentos que serão feitos neste ano de em 2014”, informa.
Por enquanto, conseguiu amenizar o problema em seu município construindo valas e aterrando o lixo que estava acumulado há mais de ano em um lixão próximo à cidade. “A implementação da política de resíduos sólidos é um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos prefeitos. Esta política estabelece o fim dos lixões até 2014”, explica.
Ele diz que seu objetivo é construir um aterro sanitário, garantindo assim, que as pessoas não fique exposta à uma série de doenças. “Esses lixões envergonham e prejudicam a saúde da população. Por enquanto, conseguimos aterra todo o lixo que estava exposto a céu aberto, causando um terrível mau cheiro e ameaçando a saúde de pessoas que ainda encontram nos lixões um meio de sobrevivência”, disse o prefeito.
Betinho informa que a prefeitura estará atenta para impedir a entrada de pessoas não autorizadas no local onde vem sendo depositado o lixo produzido pela população de Assis Brasil.
“Entendo o desespero de muitos pais de famílias, que lutam para sobreviver a qualquer custo, e que para isso, fazem dos lixões um ‘meio de vida’. Estamos trabalhando incansavelmente para resgatar a fábrica de doces e outros investimentos que hoje estão paralisados por falta de compromisso da gestão passada. Muitas pessoas poderiam estar trabalhando nestes setores, onde estariam ganhando dinheiro para sua sobrevivência e ajudando na geração de emprego e renda para o município”, comenta.