*Antonio Stélio
Nem só de desvio de dinheiro público vivem as irregularidades flagrantes na secretaria de Obras do Acre, cujo titular, Wolvenar Camargo, é um dos envolvidos na Operação G7 desencadeada na sexta-feira passada, pela Polícia Federal, e que se encontra preso com demais membros da quadrilha.
A pasta de wolvenar Camargo também vive um festival de nepotismo, onde assessores são parentes de ouros, onde o resultado é que grupos familiares ocupam os mais importantes cargos da pasta.
O enredo da parentada começa por uma sobrinha de Wolvenar, Carol, que também é esposa do secretário Adjunto da secretaria de Obras, Leonardo, que por sua vez, tem como secretária, Paula Pojo, que é sobrinha da diretora do órgão, Adla Ferreira.
O favorecimento de parentes continua com outro membro da equipe, conhecido como Vinicius, que coordena o projeto Cidade do Povo, e que tem um irmão chamado Marcos, que também é engenheiro, como membro de sua equipe.
Mas um cargo chama a atenção, pois é botar a raposa tomando conta do galinheiro: a resposável, pasmem, pelos contratos e licitações na secretaria de Obras é Elisângela, que vem a ser, simplesmente, a esposa do empresário Carlos Afonso, dono da construtora AGE, e um dos que foi preso na operação G-7. Mas a cara de pau não pára por aí: um genro do empresário, ainda por cima, é assessor de Elisângela.
Nem mesmo as vagas de estágios dão oportunidades para quem não é da curriola, pois uma sobrinha do professor Rêgo – que veio a público informar que o governo não vai demitir nenhum dos membros de seu governo presos na Operação G-7 – ocupa uma vaga de estagiária junto a chefe de Gabinete, Letícia.
Alheio a tudo isso, o secretário Wolvenar Camargo usava um carro alugado por um das empreiteiras beneficiadas pelo esquema de corrupção, e seu próprio, que foi cedido para uso particular de parentes, se abastece de combustível com dinheiro público, particulamente no posto na entrada do Tropical, que está a serviço da Seop.
*Antonio Stélio é jornalista autônomo, poeta e escritor