O Acre passará mais de 25 anos para pagar um empréstimo de 72 milhões de dólares que o governador Sebastião Viana (PT) pretende fazer junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. Além de aumentar a dívida do Estado, a operação financeira terá como consequência o comprometimento das receitas, já que impostos arrecadados pelo estado serão empenhados.
O Impostômetro, ferramenta que divulga em tempo real os valores pagos em impostos pela população brasileira, revelou que, do inicio de janeiro até o dia 10 deste mês, o acreano tinha desembolsado mais de R$ 500,9 milhões para quitar tributos.
Para contratar o empréstimo, o Estado deverá entrar como contrapartida de R$ 48 milhões. A proposta foi colocada em pauta essa semana na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, mas não chegou a ser votada por falta de acordo. O senador Sérgio Petecão (PSD) criticou veementemente o empréstimo que vai financiar o programa de desenvolvimento sustentável do Estado.
Segundo o senador, com base em informações do Tesouro Nacional, o Acre está na classificação “C*3”, no qual a situação fiscal é muito fraca, com risco de credito elevado. Abaixo deste indicador, está apenas a classificação “D”, o que representa a situação de desequilíbrio fiscal.
Sérgio Petecão disse ainda que a realização do empréstimo é uma “pouca vergonha” do governo do Estado, principalmente após a Operação G7, que revelou desvio de recursos público no governo por meio de fraudes em licitações. “A Polícia Federal já mostrou o tamanho da roubalheira que o governo do Acre se encontra. A minha preocupação é de que este endividamento piore ainda mais a situação”, afirmou.
Da redação de ac24horas
Rio Branco-Acre