O candidato ao governo do Acre pelo AGIR, David Hall, dói sabatinado pelos jornalistas do ac24horas na noite desta quinta-feira (8). Acreano nascido em Rio Branco, tem 35 anos e é formado em filosofia e atua como professor na Universidade Federal do Acre (Ufac).
Hall destaca que nunca ocupou cargo público, fato que o difere dos demais candidatos. “A carreira que eu fiz foi em cargo público, estudando e me preparando para estar aqui hoje”.
Para ele, as consequências de eleger sempre as mesmas pessoas são catastróficas para o estado. “Não irei titubear. A verdade é que o Acre vai mal. O Acre tinha um PIB de R$ 15 milhões no início desse governo e agora está com PIB de R$ 12 milhões. O estado regrediu não só economicamente”.
O candidato afirma que seu projeto de estado é para as gerações presentes e futuras e completamente exequível. “Não há nada de mirabolante. Reunimos dados para o projeto Acre 50 anos em 8”.
Pelo fato de ser o único candidato que não está usando dinheiro do fundo eleitoral para fazer campanha, se considera o mais próximo da realidade da sociedade.
Saúde e educação
Hall diz que dinheiro não resolve tudo, mas que é preciso ter planejamento estratégico. “Não tivemos as ferramentas necessárias para se adequar ao mundo digital. O Acre foi inserido de forma tardia e não planejada na educação tecnológica. Ainda existem problemas estruturais que precisam ser resolvidos, como a falta de acesso à internet”.
Seu projeto pretende implementar uma nova metologia de ensino em que o aluno seja o protagonista e o professor apenas o orientador. “Para isso, vamos inserir tecnologia, a escola 2.0, que vai muito mais além do que só o acesso à internet”.
Para ele, o problema da saúde é estruturante, que também não se resolve só com dinheiro. “A redução de filas pode ser resolvida com um aplicativo, onde o paciente, antes mesmo de chegar ao hospital, já faz seu check in. Precisamos ir na raiz do problema”.
David diz que precisa resgatar alguns projetos, como educação profissional para os detentos com mais políticas públicas.
Infraestrutura e geração de emprego
O candidato afirma que a florestania fracassou no Acre, uma vez que o Pib de Rondônia é três vezes maior que a do estado acreano. “Temos que dar continuidade à economia com base nos produtos da floresta e inserir tecnologia. E o agronegócio deve continuar, porque é o que está dando certo”.
Ele propõe uma universidade digital, onde o custo seria menor e totalmente voltada à áreas relacionadas à tecnologia, onde a gente iria produzir mão de obra qualificada através de cursos.
“Não fizemos nada da nossa cabeça, são dados. A gente está perdendo dinheiro. Temos que implementar o sistema integrado lavoura e floresta, ter uma economia com base no sistema moderno”.
Segurança Pública
Nesse caso, o candidato destaca que se não tiver ações estratégicas, pode ter o investimento que for que não irá funcionar. “Deve haver um investimento em inteligência. Ter um cerco inteligente, trabalhar com algoritmos que facilitem a vida do investigador e conseguem obter mais êxito. Pensar a segurança de uma maneira ampla”.
Para ele, a segurança deve ser trabalhada dialogando com outras áreas, como esporte, cultura, educação. “Não há outra política pública mais acertada senão a educação. O Acre não vive mais a efervescência cultural, que é fundamental para o jovem sair da criminalidade”.
Pergunta do internauta
Sueli Melo, moradora do bairro Copacabana, na cidade de Cruzeiro do Sul, questionu quais propostas o candidato tem para melhorar a internet no Vale do Juruá.
“Proponho retomar uma política pública acertada, que é a Floresta Digital. O Acre era referência em pontos de acesso à internet. Mas temos que levar principalmente para a periferia e não só centro da cidade. Além disso, ter telefonia móvel aos estudantes, para que eles tenham acesso às plataformas educacionais que vamos disponibilizar aos alunos. Portando, um formato de educação mais digital, repaginar o floresta digital”.
Temas livres
David Hall comentou sobre a hipocrisia no meio político, que segundo ele, não tem sido fácil. Falou ainda sobre como driblar a falta de recursos na campanha. “Só de ter um professor disputando o governo, já é uma vitória. Estamos tentando quebrar uma barreira e cabe ao eleitor essa mudança, romper com esse sistema. Quero acreditar que é possível. Estou muito tranquilo com a minha independência, com a minha autonomia. Estou mostrando a minha qualificação para isso”.
Assista a sabatina:
